Comentário:

Perfeito o repertório de Dança da Solidão, gravado em 1972. Desde Guardei Minha Viola, sucesso nacional que abriu o disco, até a reverência de Monarco à Portela em Passado de Glória, a produção é irrepreensível. Wilson Batista sai da velha Lapa com seu Meu Mundo É Hoje (popularizado como Eu Sou Assim) e Geraldo das Neves desce da Mangueira com Papelão. Três deuses do Olimpo da Mangueira – Cartola, Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento – dizem presente e a parceira de Paulinho com Capinam é responsável pelas faixas 9 e 10. Um dos melhores discos da carreira de Paulinho da Viola, que fornece – 30 anos depois – repertório para regravações de novas gerações que encontram nele a matéria-prima sempre perfeita para ouvidos de bom gosto.

Arley Pereira